Home Sweet Home

Faz tempo que nao passo por aqui, mas tava que nem cigana mudando todo tempo e sem internet pra postar no blog. Mas finalmente encontrei meu ap, depois de muita procura.

Encontrar apartamento em paris e um parto. Ou voce paga taxas bem altas para uma agencia que tem que ir com a tua cara ou entao voce procura direto com o proprietario do apartamento. Obviamente escolhi o ultimo. O esquema e o seguinte: Existe um site onde varios anuncios sao lancados. Dai voce liga para essas pessoas e se elas forem com a tua cara (ou melhor com a tua voz), elas te dao endreco. Entao voce leva todos os documentos possiveis e imaginarios que voce tem. O grande problema e que eles pedem ainda uma garantia francesa, o que torna o processo muito dificil para os estrangeiros. E pra completar voce chega no apartamento e ja tem umas 20 ou 30 pessoas esperando. Isso quando ja nao esta alugado. E mais um detalhe...nao imaginem que o apartamento e a maravilha. Sao apartamentos pequenos, antigos e caros. Voce pode pagar 600 euros por 10 m quadrados, por exemplo.

Mas enfim, isso e passado. Devo ter visitado uns 15 apartamentos. Nessas visitas voce vai ficando cada vez menos exigente. Mas teve um que foi de longe o melhor (ap, localizacao, preco). A visita foi em um sabado. Voce podia escolher entre ir sabado e terca. Como nao tinhamos nada a perder, eu e a Mili fomos na terca tambem e chegamos antes da proprietaria chegar. Nao satisfeitas mandamos um email na quarta reafirmando o interesse. Como ela havia dito que daria a resposta terca ou quarta e nao recebemos a resposta continuamos a peregrinacao. Mas, agua mole em pedra dura tanto bate ate que fura. Sexta feira ela nos ligou dizendo que o apartamento (studio) era nosso.

Quando fomos assinar o contrato ela ainda disse: recebi muitos dossies beeeeeeeeem melhores que os de voces. Mas voces ganharam pela motivacao. Ainda bem que existe gente que entende estrangeiros desesperados em Paris. Hauahuahua

O ap nao era mobiliado e no fim de semana passado acho que fiz exercicio suficiente para compensar os dois meses que estou aqui. Sobe e desce escada, carregando cama, sofa, cadeira, mesa. Detalhe...desmontados. Digamos que foi um quebra cabeca montar tudo e que me deixou quebrada por uns dois dias de tanto apertar parafuso. Espero que eu nao caia da cama.

Bom...mas agora tenho casa. Posso aproveitar meus fim de semanas sem me preocupar para onde vou mudar na proxima semana. E vou tentar aparecer mais por aqui.

Beijos para todos.
Saudades!

PS: to sem pontuacao...nao...ainda nao esqueci portugues!

Contanto um pouco do fim de semana passado…

Ainda estou sem celular por aqui o que torna um pouco difícil se comunicar com as pessoas para ver o que elas vão fazer. Acordei meio perdida no sábado, sem saber direito o que fazer. O fim de semana foi surpreendentemente ensolarado. É preciso aproveitar enquanto o inverno nao chega de vez. Falando em estações, as flores estão indo embora e já tem um monte de folha vermelha no chão. Pra quem só tem praticamente verão e inverno(e olhe lá) é diferente ver isso.

Acabei encontrando na internet a Maria, uma venezuelana que fez intercâmbio em São Jose dos Campos há dois anos. Descobri que ela tava em Paris e logo consegui uma programação para o Sábado. Fui convidada para um picninc. No Brasil não temos tanto essa cultura, talvez pelo fato de termos muita praia. Mas aqui é O programa para um dia ensolarado. E com certeza uma boa pedida. Pois bem…fomos a um picnic em um jardim ao lado da Pont Neuf, a ponte mais antiga no rio Sena. O Picnic comecou com umas 3 pessoas e no final tinha cerca de 15 a 20 de diversos paises. Sempre chegavam amigos de amigos de amigos. Macarrao, baguete, queijos e vinhos. Nada mal !

No sábado anoite chegou de viagem a minha futura companheira de ap : Mili. É uma mexicana que também trabalha no departamento de logística da DELPHI. Tentamos mais de 15 ligações para achar um ap. Frustadas sem nenhuma visita marcada, aproveitamos para dar umas voltinhas em Paris no domingo.

Fui em um lugar no arroundissement 12 (Paris é dividida em 20 arroundissements – Bairros). Mãe e Pai, lembrei muito de vocês. Havia uma rua com varios restaurantes e cafés e como o dia estava muito ensolorado havia muita gente. Tava quente suficiente pra tomar um sorvetinho. Ao lado dessa rua tinha um jardim muito lindo e mais uma vez varias pessoas fezendo picnics, caminhando, dormindo, lendo.. Bem próximo, havia também uma feira de comidas e bebidas. E o melhor é que todos perguntavam se queríamos provar. Queijos, vinhos, champions, pães... Foi um almoço bem barato para não dizer de graça. Liso é osso né?!

Outra coisa muita comum aqui são os cafés parisienses. Todos lotados também em dias ensolarados. O engraçado é que ficam todos na calçada e as cadieras ficam todas viradas para a rua. Não sei se é para pegar sol ou se é para ver as pessoas passando pela rua. Ah! E o preço do café pode ser diferente se você senta na mesa ou se o pede no balcão.

A próxima parada foi no Jardin de Luxembourg, o maior de Paris e também onde fica o Senado da França. Neste domingo estava tendo apresnetação de uma orquestra em um dos quisosques do jardins.

Depois de uma sessão de fotos demos uma passada no centro para encontrar com Aslisah, uma turca que trabalha conosco no departamento de logistica. Antes de encontrá-la paramos para foto no Centro George Pompidou, um complexo com museu, teatro, biblioteca. Lá esta o museu de arte moderna de Paris. Ainda não entrei lá! Vou esperar o primeiro domingo do mês já que é de graça.

O fim da tarde foi reservado para Montmartre no arrondisement 18. Bairro do Moulin Rouge, da lanchonete da Amelie Poulin, onde viveram muitos artistas como Monet, Picasso, Van Gogh. No ponto mais alto fica a Basilica de Sacre Coeur de onde pode-se ter uma vista panorâmica da cidade. Quando fomos tinha até uns cantores que animavam a galera na escadaria com apenas uma caixa de som e um microfone. Muito divertido!

É bom demais acminhar por aqui. Ainda mais quando vocês não tem a pressa de turista de ter que conhecer tudo em 5 dias. É fantástico estar caminhando e de repente ver o Louvre ou a Torre Eifel ou qualquer outro lugar famoso que está no meio do caminho.